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ENTREVISTA COM RAPHAEL MARTINELLI

Rogério Centofanti

Maristela Bleggi Tomasini

 

Martinelli tornou-se ferroviário, e é ferroviário até hoje, passados mais de 70 anos do que define como a “briga de ferrovia”, briga contra o poder, contra o governo e briga “contra tudo que é filho da puta”. Entusiasma-se: “É falta de patriotismo entre nós. Não desenvolver ferrovia é falta de patriotismo. Isso é claro. Ferrovia é um órgão de segurança nacional”.

PROFISSÕES FERROVIÁRIAS E A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Paulo Roberto Filomeno

 

Na cidade de Rio Claro, SP, existe uma casa com uma plaquinha na frente que quase passa despercebida, principalmente dos que estão de carro. Nela está escrito UFA – União dos Ferroviários Aposentados. Rio Claro é uma cidade de vocação ferroviária, pois por muitos anos abrigou a principal oficina da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e uma de suas maiores estações, é natural que muitos ferroviários tenham fundado uma associação, pelos motivos que forem.

O PAPEL CIVILIZADOR DOS TRENS URBANOS

Rogério Centofanti

 

A exemplo de quase tudo que aparentemente pode ser resolvido no “atacado”, transporte, trânsito e mobilidade tornaram-se assuntos de interesse tipicamente quantitativo. Bem verdade que em São Paulo os números são sempre hiperbólicos, – o que parece explicar certa adoração por eles –,  mas o reducionismo não se justifica. É um festival de números. Pela prática usual de um usuário por automóvel calcula-se quantos metros quadrados de área pública são utilizados por automóvel/pessoa nas ruas e avenidas. 

 

DIFICULDADES SUBJETIVAS EM TORNO DOS TRENS REGIONAIS

Éverson Paulo dos Santos Craveiro

 

Noutro dia, quando falava a um grupo de pessoas sobre o retorno dos trens de passageiros às cidades do interior e do litoral paulista, ouvi de uma senhora a seguinte pergunta: – Você quer trazer de volta ao interior aqueles trens que levavam mais de doze horas para chegar a São Paulo, e que só transportavam mendigos? 

 

FERROVIAS E PROPRIEDADE

Maristela Bleggi Tomasini

 

Apenas uma verdadeira paixão poderia explicar que, tão rapidamente, fossem processadas tantas desapropriações: de 3.000 Km de linhas férreas para 26.000 em apenas 30 anos. Pode-se, a partir de tais dados, avaliar a extensão do abalo imposto a um número expressivo de proprietários de terras. A propriedade privada sempre despertou desejos, e a satisfação desses desejos sociais é justamente o que concorre para propagá-los. 

Foto: MTomasini

Raphael Martinell. 

Foto: Rogério Centofanti

LIMA BARRETO E A MODA DOS GUARDA-PÓS NA FERROVIA

Maristela Bleggi Tomasini

 

Seu nome completo era Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922). Carioca, mulato, filho de pais nascidos escravos, teve a vida marcada por dificuldades extremas, a começar pela precoce orfandade que lhe arrebatou a mãe, professora, quando contava apenas 6 anos. O alcoolismo somado a uma tendência depressiva marcara sua personalidade, determinando, inclusive, que ele sofresse seguidas internações psiquiátricas. 

 

ESTRADA DE FERRO SANTOS-SÃO PAULO: UM RELATO DE 1864

Os Organizadores

 

"A linha corre como que abraçando os declives da serra e de vez em quando cortando grandes fendas que com as gargantas abertas parecem dispostas a desafiar a paciencia e a sciencia daqueles que as hão de encher e submetter em pouco ao transito dos trens.

Os nomes com que se as conhece – Grota Funda – Boca do Inferno – Escada do Diabo – bem indicam a sua enormidade.  Em cima do terceiro plano existe a mais formidável dessas fendas; uma verdadeira “Boca do Inferno” com 200 pés de profundidade no centro e 900 pés de comprimento! Ella não forneceu todavia, á sciencia moderna difficuldade impossível de vencer."

 

O Relógio. Créditos: MTomasini.

Imagem: artista desconhecido.

Fonte: http://www.sncf.com/fr/portrait-du-groupe/histoire-sncf

Detalhe de vitral do Museu do Café, Santos, SP. Créditos: MTomasini.

NOSSA GALERIA DE IMAGENS

Os Organizadores

 

O tempo atua sobre as memórias. Ele as apaga, modifica, reforça... O que era individual faz-se coletivo e vice-versa. Apropriamo-nos de ideias, discursos, imagens. Não há real que não possa ser traduzido por uma metáfora, e as metáforas, como as imagens, falam à imaginação.

 

 

A Torre. Créditos: MTomasini.

Estação da Luz. Créditos: MTomasini.

PROFISSÕES FERROVIÁRIAS E A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

Paulo Roberto Filomeno

 

Na cidade de Rio Claro, SP, existe uma casa com uma plaquinha na frente que quase passa despercebida, principalmente dos que estão de carro. Nela está escrito UFA – União dos Ferroviários Aposentados. Rio Claro é uma cidade de vocação ferroviária, pois por muitos anos abrigou a principal oficina da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e uma de suas maiores estações, é natural que muitos ferroviários tenham fundado uma associação, pelos motivos que forem.

 

RAPHAEL MARTINELLI: O GUERREIRO DOS TRILHOS

Rogério Centofanti

Maristela Bleggi Tomasini

 

Martinelli tornou-se ferroviário, e é ferroviário até hoje, passados mais de 70 anos do que define como a “briga de ferrovia”, briga contra o poder, briga contra o governo e briga “contra tudo que é filho da puta”. Entusiasma-se: “É falta de patriotismo entre nós. Não desenvolver ferrovia é falta de patriotismo. Isso é claro. Ferrovia é um órgão de segurança nacional”.

 

Trem e Civilização. Créditos: MTomasini.

Raphael Martinelli. Créditos: R. Centofanti

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